quarta-feira, 27 de março de 2013

A História de Francisc@mor

São 3 existências ou 3 vidas espirituais sexuais materiais
Francisc@mor I conheci na infância
Morávamos na área rural, há 5 léguas de Sambaiba-Rio Balsas
Éramos 12 irmãos, aliás, 13, uma vez que um faleceu quando tinha us 15 anos, ops, dias de idade
O nome dele era Manoel, talvez tenha morrido por causa do nome: Não durou 15 dias
Foi morto por causa de um chá requentado, diz minha mãe
Quando Manoel nasceu eu ainda não havia nascido por isso não lembro-me dele
Será que minha mãe chorou, talvez, ela é sorri chora fácil, lembro-me que quando sua mãe minha avó Carmina, com quem pescávamos traíras na lagoa à noite morreu, minha mãe chorava numa rede e meu pai, machista carrasco veneno até dizer chega, desatou a rede e mandou-a levantar-se
Ela não pode prantear a mãe, no momento meu pai encontra-se na cidade, minha mãe não quis vir, diz-se cansada, não guardo rancores de meu pai, tanto que hoje nós vamos nos encontrar: Faremos o que não fizemos na infância, vou levá-lo a um parque infantil para brincarmos na montanha russa, e quem, sabe o levarei a um puteiro pois ele, octogenário, continua com a cabeça de adolescente, nossos cérebros nunca envelhecem
Hoje meu pai é uma pessoa carente amável que em nada do que era antes permanece 
Quando morávamos na roça ele não gostava de bichos por perto, mas lembro que havia pelo menos um cão que, volta e meia voltava do mato cravado de espinhos de porco-espinho e um gato de nome Francisco, é deste que quero falar dizer agora
Lembro-me que na infância não tínhamos noção de amor pelos bichos, pois para nós a sociedade era formada apenas por seres humanos e pessoas jurídicas, o que não é o caso
Por isso torturamos Francisc@mor
Ele nos nos adorava mas pensamos que a tortura seria uma brincadeira
Pegamos um pedaço de taboca a rachamos na ponta e introduzimos ali o rabinho de Francisc@mor
Aos gritos ele saiu desesperado entrou no mato e nunca mais voltou
Esta foi a história de Francisc@mor-I

Francisc@mor-II
Tempos atrás, passeando pelo parque infantil vi um gato no alto de uma árvore, ele não quis descer
Era como se estivesse com medo de nós humanos
As pessoas se aproximaram e quanto mais o chamavam mais ele se ocultava entre os galhos até desaparecer por completo
Nunca mais o vi

Francisco@mor-III
Dias atrás, passeando pelo centro desta cidade-estado, vi um gato na calçada
Amor à primeira vista, aliás, gato ou gato, não sei ao certo, não entendo, não acho tão importante olhar para o sexo dos indivíduos, sejam eles animais, humanos ou jurídicos
Nós nos tornamos amigos, vendo que ele estava com fome, fui à lanchonete e comprei uma empada e uma coxinha de galinha, não gostou muito da empada, talvez estivesse apimentada,não sei, mas adorou a coxinha
No dia seguinte retornei ao local na entrada do Cine Ouro Rua 3 e não mais o vi
Talvez alguém o tenha adotado
No dia seguinte voltei com carne de sol 
Quando passei em frente ao número 1050, onde está escrito Estacionamento QB-7, do grupo Ineral,  o vi lá no fundo da garagem tomando água da chuva
O dono da garagem não me deixou entrar pq seria proibido dar comida prá gatos ali
Não sei pq
Desde quando os carros são mais importantes do que os demais sócios da sociedade, que são os animais, humanos e jurídicos
Fui tomado por uma grande decepção, tirei umas fotos do spin garageiro manobrista, não com a intenção de delatar mas de relatar, uma vez que, sei, só existem dois tipos de gente no mundo: As que delatam, depreciam, e as que relatam com deiscência(não confundir com decência)
Nunca mais vi Francisco@mor-III

P.S.- Este texto não foi revisado, talvez o faça posteriormente, caso lembre e anote numa folha, não de papel mas de árvore que carrego na mochila bornal bolsa mor ver


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